No mundo inteiro, constata-se um número cada vez
maior de idosos. A comparação com dados de décadas anteriores revela um
crescimento expressivo no número de velhos. Esse fenômeno é relacionado a
fatores diversos, como o aumento da expectativa de vida. Segundo Organização
Mundial de Saúde, em países em desenvolvimento como o Brasil, onde são
consideradas idosas as pessoas com mais de 60 anos, a expectativa de vida da em
2025 passará a ser de 74 anos. A Lei nº 10.741, de 01/10/2003, que dispõe sobre
o Estatuto do Idoso e a Lei nº 9.013, de 25/02/2004, que dispõe sobre a
Política Estadual do Idoso também consideram idoso a pessoa maior de 60
(sessenta) anos de idade.
As pessoas idosas têm habilidades regenerativas
limitadas, mudanças físicas e emocionais que expõem a perigo sua qualidade de
vida. Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais naturais
e gradativas, a depender das características genéticas e da maneira/condições em
que vive esse indivíduo. Diante dessas transformações, limitações e
dependência, em alguns casos, muitos idosos ficam sujeitos à depressão,
hipocondria e baixas de autoestima. Cabe à sociedade, um esforço suplementar para
a proteção social e atenção redobrada, visando minimizar possíveis impactos
negativos do envelhecimento.
Hoje em dia, os avanços na área da saúde, as
melhorias das condições de vida e a maior dedicação à prevenção das doenças tem
prolongado a expectativa de vida dos indivíduos. Todavia, o desgaste natural é
inevitável. Na velhice, o ser humano fica mais susceptível a doenças e requer
mais cuidados e atenção.
Os idosos têm direitos e garantias assegurados nossa
Lei maior, a Constituição Federal do Brasil, de 1988, assim como pelo Estatuto
do Idoso (Lei 10.471/2003). Especificamente na Bahia, a Lei 9.013, de
25/02/2004, dispõe sobre a Política Estadual do Idoso. Todavia, na prática, os
idosos não contam com a assistência (dita) garantida pelo Poder Público, e
geralmente dependem da iniciativa e da boa vontade dos parentes, nesta delicada
etapa da vida.
A exclusão, o abandono e o descaso em relação aos
idosos são assuntos que devem ser tratados como prioridade na sociedade,
afinal, diante dos avanços na área da tecnologia e medicina, a população de
idosos tem conquistado maior longevidade e, por conseguinte, maior contribuição
para o desenvolvimento e produção econômica da sociedade.
O presente blog constitui o trabalho final,
instrumento de avaliação, da disciplina Filosofia, Ética e Cidadania, sob a
orientação do Professor Georgeocohama Archanjo, elaborado por estudantes da
Universidade Católica do Salvador (UCSAL). A metodologia adotada parte de uma
pesquisa bibliográfica, compreendendo leituras e discussões sobre artigos
acadêmicos e publicações de veículos de comunicação da Bahia. Propõe uma breve
reflexão sobre a situação do idoso na cidade de Salvador, com vistas à
necessidade da busca da cidadania, dignidade e respeito, diante da crescente
exclusão e rejeição a que os idosos são atualmente submetidos.
Após a leitura,
sugerimos novas investigações e pesquisas, pois diferente da visão do principal
expoente da filosofia escolástica medieval, São Tomás de Aquino, em sua
"Suma teológica", não pretendemos esgotar aqui o assunto. Assim como
afirmava Tales de Mileto, filósofo da Grécia Antiga, precisamos da
"investigação curiosa" para descobrir a verdade das coisas!
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